Process Mining e as Operações de Telecom

Process Mining e as Operações de Telecom

Identificar processos e tarefas que possam ser automatizados ou ajustados, a fim de otimizar a operação de Telecom, é um dos principais benefícios do Process Mining. As análises de principais ofensores nos processos e sua causa raiz são mais eficazes, uma vez que permite identificar o ponto exato do processo com problemas.

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As aplicações são diversas:

Do ponto de vista tecnológico, o Process Mining é a ferramenta que preenche o gap entre BI e BPM. Ferramentas de BI não oferecem funcionalidades avançadas de data mining de forma eficiente e não são centradas nos processos, pois o foco está nos dados e nas decisões localizadas, ao invés do processo fim-a-fim (1).

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Assessment para Transformação Digital

A Icaro Tech é parceira da EverFlow, que foi listada como "Representative Vendor” no relatório do Gartner “Market Guide for Process Mining” de Junho de 2019.

(1) "Using Process Mining to Bridge the Gap between BI and BPM" - Wil van der Aalst, Eindhoven University of Technology, The Netherlands.

Tecnologias-chave no Atendimento via Canais Digitais

Tecnologias-chave no Atendimento via Canais Digitais

Atualmente, canais digitais como WhatsApp, Facebook Messenger, Aplicativos Móveis, entre outros, têm se tornado os principais pontos de contato entre clientes e empresas. Ao desenvolver um projeto de atendimento que envolva canais digitais, destacam-se os seguintes conceitos:

Omnichannel

Na medida em que surgem novos canais de atendimento com o cliente, alguns digitais e até automatizados, torna-se cada vez mais importante manter o contexto das interações com o cliente, a fim de melhorar a sua experiência.

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Por isso é importante que a área de atendimento ao cliente possua uma solução que permita uma interação omnichannel. O cliente, ao migrar de canal de atendimento ou ser transferido para outro atendente, não quer e não deverá repetir as informações relativas à requisição ou ao problema que ele quer resolver - elas devem estar disponíveis independentemente do interlocutor ou do sistema que ele usa.

Sistemas Cognitivos

Nos canais digitais, o primeiro contato está migrando para o atendimento por meio de um assistente virtual, que utiliza APIs cognitivas para se comunicar em linguagem natural. A criação desse tipo de assistente é um processo evolutivo e contínuo. Os primeiros passos incluem desenhar a persona e evoluir as funcionalidades que esse atendimento pode oferecer de forma automática.

Desse modo, a solução pode se iniciar com respostas a dúvidas e resolução de problemas mais simples e, em seguida, incorporar ações mais complexas e que dependam de mais ações nos sistemas internos. No entanto, deve ficar claro desde o começo para os clientes quais são as funcionalidades disponíveis no assistente e ter o cuidado para implementá-las de forma completa.

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Assessment para Transformação Digital

Automação

A utilização de assistentes virtuais não deixa de ser um tipo de automação do atendimento. No entanto, é importante que o atendimento ao cliente seja capaz de acessar os serviços disponíveis na empresa - quanto mais ações um assistente virtual ou atendente de 1° nível puder executar para resolver um problema, melhor.

Para potencializar esse cenário, os serviços devem ser fornecidos via API e integrados a uma plataforma de automação. O objetivo é otimizar o atendimento, aumentar o first call resolution, a satisfação do cliente e reduzir o churn.

Implementação de sucesso

Do ponto de vista da implementação, o alinhamento vertical da solução fim-a-fim é extremamente importante. Dessa forma, destacam-se as seguintes atividades:

Por isso, a Icaro Tech desenvolveu a plataforma de Automação de Atendimento ao Cliente que envolve tanto o desenho e a implementação da solução quanto os serviços continuados de evolução do assistente inteligente.

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Gestão de Redes: O Futuro

Gestão de Redes: O Futuro

A Icaro Tech esteve no evento TMForum Digital Transformation World 2019 em Nice, na França, que apresentou as principais tendências na transformação digital das operadoras de telecomunicações.

A Gestão da Rede foi tema de algumas apresentações e os seguintes pontos foram destacados:

Gestão de Redes Híbridas

Com o amadurecimento de tecnologias como SDN e NFV, cada vez mais as operadoras e seus fornecedores têm voltado a atenção para o gerenciamento de redes híbridas - nas quais redes físicas e virtuais convivem e interagem entre si.

Do ponto de vista das redes virtuais, o mercado está caminhando para adotar padrões abertos, dividindo os projetos nas principais camadas de gerenciamento:

Infraestrutura (NFVI e VIM), utilizando soluções como o OpenStack. Funções Virtualizadas (NVF e VNFM) de fabricantes tradicionais de equipamentos de redes. Orquestração (NFVO), com preferência para soluções agnósticas

As redes físicas continuarão com o sistema tradicional de gerenciamento, mas surge a necessidade de uma camada de abstração que torne a complexidade da rede transparente para as camadas superiores; e da organização em serviços (utilizando APIs) para facilitar a integração ao gerenciamento das redes virtuais.

NaaS - Network as a Service

Uma plataforma de Network as a Service (NaaS) funciona como um conjunto de abstrações de serviços expostos via APIs, escondendo a complexidade do serviço e da rede. Além disso, separa o serviço de rede da sua arquitetura (que pode ser física, virtual ou híbrida).

Hoje, as operadoras têm focado em serviços de NaaS de conectividade, como SD-WAN e vCPE. No entanto, no futuro, por meio de uma boa orquestração de redes e serviços, elas serão capazes de entregar serviços de maior valor agregado.

O evento explorou esse tema, pois é um dos principais caminhos pelos quais as operadoras podem acelerar o time-to-market e monetizar em cima de novas ofertas.

Redes Autônomas e Automação

Apesar de redes totalmente autônomas ainda estarem longe de virar uma realidade, o TMForum lançou, durante o evento, um White Paper com uma sugestão de Framework e Níveis de Automação, indo desde a gestão manual até a automação total da rede.

Para evoluir uma infraestrutura de rede de forma que ela tenha autoconfiguração, autorremediação, auto-otimização e autoevolução, os elementos chave são a automação, a inteligência artificial e uma arquitetura de rede mais simples. Redes autônomas oferecerão serviços sem intervenção manual, sem espera e sem problemas com a melhor experiência do usuário e com a máxima utilização dos recursos.

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Assessment para Transformação Digital

Mas, como uma operadora pode se preparar? A seção Gestão de Redes Híbridas dá uma boa dica de como começar. Além disso, utilizar interfaces bem definidas com APIs padrão de mercado fará com que as operadoras não fiquem dependentes de apenas um fornecedor de tecnologia.

Por fim, utilizar uma plataforma de automação de rede, com serviços bem definidos e que alavanque as APIs abertas disponíveis, é fundamental para automatizar ao máximo as tarefas envolvidas no gerenciamento e entrega dos serviços.

Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial vem sendo o assunto mais quente nos últimos anos. No mercado de telecomunicações, ela está sendo aplicada em diversas áreas, como: operação de rede, marketing, experiência e atendimento ao cliente, entre outras.

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Apesar dessas aplicações, as operadoras ainda estão se familiarizando e aprendendo o melhor modo de tirar proveito da tecnologia. Como não existem soluções prontas para operações e gestão de redes, as operadoras têm investido bastante em testes e provas de conceito. Pelo menos um consenso existe entre todos esses testes: a preocupação com a qualidade dos dados e a necessidade de haver um trabalho de padronização.

Framework de Gestão de Rede Híbridas da Icaro Tech

Baseado nos conceitos e fundamentos do TMForum, a Icaro Tech aprimorou o framework para a gestão de Redes Híbridas, adaptando para a necessidades do mercado nacional e para atender às futuras demandas da Gestão de Redes.

O objetivo do Framework é guiar, por meio das melhores práticas, a implementação de soluções de Gestão de Rede que atendam às demandas atuais e futuras, como Inteligência Artificial e Redes Autônomas.

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Transformação Digital, Automação e Process Mining (Mineração de Processos)

Transformação Digital, Automação e Process Mining (Mineração de Processos)

Duas das principais aplicações do Process Mining são, hoje, iniciativas de Automação e de Transformação Digital.

É fácil perceber que essas iniciativas têm, como ponto de partida, o momento presente – a situação atual real, sem suposições. Realidade é crítica. Se uma companhia automatiza algo, é porque há, no presente, uma atividade (geralmente uma parte de um processo) que pode ser automatizada. Se uma companhia digitaliza algo, é porque esse algo (um produto, um processo, uma operação) existe no presente. Logo, em ambos os casos, se é possível transformar, é necessário um bom entendimento da situação atual para que as metas dessas iniciativas sejam alcançadas.

Esse entendimento é, geralmente, chamado de análise “As Is”, historicamente baseada em incontáveis (e custosas) reuniões de levantamento, brainstorming e muita adivinhação – “Como executamos esta tarefa?”; “Quanto tempo empregamos nestas atividades?”. Uma análise custosa, lenta, tendenciosa e raramente eficaz.

O Process Mining permite que processos sejam automaticamente descobertos – ou, se preferir, automaticamente reconstruídos por engenharia reversa. Ao invés de reuniões de levantamento e sessões de adivinhação, os eventos gerados pela execução diária de atividades são processados pelo Process Mining e, como resultado, a companhia obtém o modelo de seu processo (que retrata a realidade da execução do negócio), acompanhado de métricas de frequência, tempos médios por etapas, dentre muitas outras.

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Note como isso é crítico para entregar, a qualquer iniciativa de automação ou transformação digital, um senso de direção fidedigno. Com a visão completa – e correta – da realidade atual, essas iniciativas podem depositar foco e energia nas partes que realmente merecem atenção, facilitando a identificação do impacto que cada evolução pode trazer como resultado.

Ainda mais importante, ao analisar os dados continuamente – online, em tempo real –, principalmente após os projetos de automação ou digitalização, é igualmente fácil mensurar o quão eficazes foram os esforços empregados na melhoria do negócio.

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Assessment para Transformação Digital

O Process Mining é, como já apontado pela Forrester, uma bússola para as jornadas de transformação digital. É, de certa forma, uma apólice de seguro para que os projetos entreguem o ROI (Return On Investment, Retorno Sobre o Investimento) esperado.

Se sua organização tem iniciativas de RPA (Robotic Process Automation), orquestração, chatbots ou outras de digitalização e não entendeu sua realidade através de análises de Process Mining como as da solução EverFlow, está correndo riscos desnecessários. É como pilotar uma aeronave sem instrumentos de navegação. Pode ser que atinja o destino final, mas também pode ser que não.


Kleber Stroeh
Co-Founder & Member of the Board

Digitalização de Serviços na Operação

Digitalização de Serviços na Operação

As organizações estão constantemente olhando para a redução de custo e aumento de eficiência de sua operação. A digitalização dos serviços não é um assunto exclusivo da experiência do cliente, e deve ser utilizada em todos os níveis da operação da companhia

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Assessment para Transformação Digital

Serviços Digitais referem-se ao catálogo de serviços e capacidades tecnológicas utilizadas para facilitar o acesso a informações, tanto entre grupos da Operação quanto com outras áreas da companhia. Estes serviços devem privilegiar a reutilização de componentes, a facilidade de integração entre aplicações, levando em consideração o controle de acesso, e a robustez operacional.

Com esses objetivos, três principais frentes se destacam:

1. Omnichannel

O Omnichannel neste contexto está focado na visão de organização interna dos times que suportam a operação. Ele visa centralizar e normalizar os canais, garantindo que todos tenham acesso à mesma informação, e que ela seja apresentada no contexto do perfil do usuário.

Característica de uso:

  • Comunicação entre times para apoio na resolução de problemas, compartilhamento de informações e até formação de um war room virtual;
  • Apoio de Serviços Cognitivos e automações beneficiando todos interlocutores;
  • Contexto compartilhado entre todos (informação completa), inclusive quando houver transferência para atendimento humano;
  • Uso de canais adequados ao perfil.

2. Serviços Cognitivos 

Referem-se ao uso de agentes virtuais e advisors como canais de comunicação complementar e de outras funcionalidades (como interpretação automática de textos) para reduzir o esforço humano gasto com atividades operacionais.

Os agentes virtuais podem servir como canais automatizados de comunicação para prover acesso a informações e ações automáticas mais simples, que não dependem da análise de um agente humano. A interpretação automática de texto pode ser utilizada para reduzir o esforço gasto na classificação e direcionamento de chamados, reduzindo o esforço do N1.

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A combinação desses dois tipos de serviços pode servir como advisor, auxiliando níveis mais especializados com sugestões e na busca de informações relevantes para a resolução de problemas mais complexos.

3. Integração, APIs e Microsserviços

Os serviços disponibilizados entre áreas devem ser catalogados. Toda funcionalidade de redes ou sistemas deve publicar suas APIs (sejam baseadas em microsserviços ou não) para que todas as áreas possam utilizá-las no desenvolvimento de serviços mais completos.

A gestão de APIs permitirá manter um catálogo de Serviços e APIs para (re)utilização em contextos maiores e por mais interlocutores, maximizando o reuso da informação, permitindo publicar melhorias globalmente, controlando o acesso às APIs e às informações e agilizando entregas. Ela permite a criação de um ecossistema corporativo, facilitando a construção de serviços com viés fim a fim, que são fundamentais na digitalização dos processos.

Novos desafios para uma nova década

Novos desafios para uma nova década

Se tudo está sob controle, você está indo devagar demais
Mario Andretti

Em um mundo que está em constante transformação, vimos uma oportunidade de nos reinventar, e estamos alterando nossa estrutura organizacional com o objetivo de suportar o crescimento da empresa, e de continuar entregando soluções com níveis cada vez mais altos de inovação e resultados para nossos clientes.

Visando maior unidade e agilidade, unificamos as áreas de entrega em uma única estrutura, facilitando o alinhamento com a realidade atual de projetos multidisciplinares. A estrutura de Engineering estará sob o comando de Priscila Rosa. Esta estrutura se organizará em Chapters, responsáveis pelo desenvolvimento dos profissionais especializados nas várias tecnologias, e que serão alocados nos projetos através de Squads.

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Assessment para Transformação Digital

Com o objetivo de garantir o sucesso de nossos clientes e projetos, foi criada a área de Customer Success, que ficará sob a liderança de Gabriel Araújo. Sua atuação se inicia com o entendimento das necessidades, critérios de sucesso e KPIs, passando pelo desenho das soluções e acompanhando resultados atingidos durante a entrega. A consolidação de uma área focada na jornada do nosso cliente reforça o mindset e compromisso com os resultados de nossos clientes.

Já para garantir a evolução tecnológica de nossas ofertas, foi designado um executivo, Gilson Missawa, que responderá também pelas tecnologias desenvolvidas pela Icaro Tech (atualmente Advanced Dashboards e FlexForward).

Buscando trazer unidade da nossa comunicação com o mercado, as áreas de Sales & Marketing foram fundidas. Douglas Silva estará à frente desta nova área, que também passa a ser responsável pelo relacionamento com nossos parceiros tecnológicos.

Márcia More e Juliana Gonçalves continuam como Heads das áreas de F&A e HR, respectivamente.

E isso são só os primeiros dias de 2020, imagine o que vem pela frente! Estamos com grande expectativa de que estas mudanças trarão resultados melhores para todos nós: clientes, parceiros e colaboradores.

Queremos ser os melhores no que fazemos e ser reconhecidos por isso.


Laerte Sabino
Chief Executive Officer

Como a Inteligência Artificial está recriando a experiência do usuário

Como a Inteligência Artificial está recriando a experiência do usuário

O impacto da Inteligência Artificial (IA) está cada vez mais evidente na economia mundial, na transformação digital das empresas e na sociedade. O uso inteligente de dados está modificando padrões de negócios, reduzindo custos operacionais e também alterando o antigo modelo de consumo, reinventando assim o conceito da experiência do usuário.

Segundo o Gartner, a Inteligência Artificial será a classe mais disruptiva de tecnologias dos próximos 10 anos. Ao coletar, interpretar e correlacionar grandes volumes de dados, a IA decifra o comportamento dos usuários e identifica padrões de consumo.

Na prática, esses dados direcionam as preferências dos consumidores para determinados produtos ou serviço. Assim, as empresas conseguem mapear e engajar diferentes perfis e personas. É a chamada personalização do conteúdo, que tem sido cada vez mais utilizada por empresas como Spotify, Netflix, Uber, iFood, entre outras.

Os mecanismos de recomendação, compostos por modelos de machine learning, têm o propósito de sugerir o conteúdo mais assertivo possível. Dessa forma, o usuário encontra rapidamente o filme, série, música ou restaurante desejado, com mais objetividade.

Essas facilidades são exemplos da mudança do padrão de consumo: há alguns anos, o usuário não conseguia assistir sua série ou filme favorito quando quisesse, por exemplo; ele tinha que esperar o horário em que o conteúdo seria exibido na TV. Hoje, não mais: a personalização (ou customização) tornou-se um elemento chave para empresas que querem proporcionar uma melhor experiência ao usuário. Ou seja, a forma de se relacionar com o cliente está mudando.

Personalização é passo fundamental para a transformação digital
Neste novo cenário do consumo, tanto a personalização como a excelência no atendimento são fatores primordiais para empresas que querem ampliar o alcance de seus negócios. No entanto, apesar da estratégia de IA ser um passo importante dentro das companhias, cerca de 87% delas ainda têm baixa maturidade no assunto. Além disso, o IDC estima que 70% das iniciativas de transformação digital irão falhar. Como então garantir que o projeto de IA na estratégia digital irá trazer resultados?

Uma solução para este dilema é a homogeneização dos touchpoints, ou seja, a preocupação em “falar a mesma língua” do cliente, independentemente do canal em que a comunicação é feita. Para isso, a tecnologia cognitiva e a automação podem colaborar: além da personalização do atendimento e da busca por essa linguagem homogênea, é possível reduzir custos em projetos de curto e de longo prazo.

Tecnologias cognitivas como RPA (Robotic Process Automation), interpretação de linguagem natural (NLU) e engines de conversação (chatbots), podem executar tarefas consideradas simples dentro das empresas. Porém, quando essas tarefas são executadas em grande escala, acabam poupando um grande número de horas das equipes.

Chatbots e a revolução no modelo de atendimento
O chatbot há alguns anos virou um hype, já que pode ser utilizado por empresas de qualquer segmento.

Estudos do Gartner apontam que:

Outro instituto renomado, a Allied Market Research, diz que só o mercado de chatbots para BFSI - bancos, serviços financeiros e seguros, está projetado para crescer quase 30% anualmente até 2024.

Já a Juniper Research aponta que, além de uma economia de cerca de US$ 8 bilhões até 2022, os chatbots serão responsáveis, apenas no mercado varejista, por 22 bilhões de interações e um resultado aproximado de US$ 112 bilhões até 2023 - uma taxa de crescimento anual de 98%.

Mas, como fazer um roadmap dessa tecnologia para que ela, de fato, traga resultados?
Um dos principais cuidados ao implementar esse tipo de projeto é ter uma estratégia granular, pensar em um roadmap de projetos e resultados estratégicos com entregas a curto, médio e longo prazo. É aconselhável dar início ao projeto com pilotos e MVP’s, com uma quantidade de funcionalidades menor e voltado para um público-alvo limitado, analisando as métricas e colhendo feedbacks. Um dos grandes erros das empresas é lançar um chatbot e oferecer ao usuário uma experiência ruim, o que pode queimar este canal.

Por isso, durante os primeiros três ou quatro meses é necessário pensar nesse roadmap, dosar os passos, adaptar-se a situações, errar e estar pronto para corrigir os erros quando necessário.

Entre os exemplos de sucesso que posso citar com propriedade está o chatbot feito para a Smiles, que foi a primeira empresa a emitir passagens para voos nacionais e internacionais por meio de milhas, através de um bot no Facebook Messenger. Conforme os usuários foram interagindo com o bot, os dados foram sendo coletados e aos poucos, novas funcionalidades inseridas no projeto. Em breve, a companhia pretende ampliar as funcionalidades e oferecer, através do chatbot, assinatura do Clube Smiles, solicitar crédito retroativo de voos Gol e reset de senha.

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A experiência do Bradesco com a BIA (assistente digital), também pode ser citada como um dos maiores exemplos de sucesso do país. Foram contabilizados em 2019 mais de 126 milhões de interações em sua plataforma. O aumento das interações (que eram 84 milhões no final de 2018) deve-se à entrada da BIA no WhatsApp, segundo informações divulgadas no II Simpósio de Inteligência Artificial. Além do sucesso de interações, a avaliação é bastante positiva - a BIA conta com 83% das notas acima de três estrelas e 95% das perguntas respondidas.

Assista ao vídeo:
O que você precisa saber sobre DevOps 

Em um modelo totalmente diferente do que os bots voltados para usuários finais e consumidores, existem também os bots voltados para o público interno. É o caso da TAIS, bot que a TIM implementou para otimizar o relacionamento com os técnicos. Através da tecnologia IBM Watson, os técnicos utilizam o app Telegram para interagir com a TAIS, que foi criada com o auxílio da Icaro Tech para otimizar o atendimento do NOC (Network Operations Center).

Com a TAIS, a TIM reduziu em até 60% o tempo de atendimento, o que otimizou também a geração de informações e aumentou a produtividade das equipes. O piloto do projeto durou quatro meses e, após a implantação, houve um avanço exponencial no número de interações.

Por baixo de toda a tecnologia dos chatbots cognitivos existe uma grande estrutura, com N integrações que conectam as informações solicitadas ao sistema. Quanto mais complexas as atividades, maior é a missão crítica. Eu costumo comparar um chatbot a um iceberg: o que vemos, de fato, é só a ponta de toda uma base.

Essa infraestrutura, a complexidade das integrações e a capacidade analítica deixam o bot mais rico e com informações mais completas. E a capacidade de gerar contexto na conversa com o cliente, de aprender e tomar decisões, de solucionar problemas complexos e de alimentar seu banco de dados é o que torna essa ferramenta essencial para garantir uma melhor experiência ao usuário. Nos dias atuais, priorizar o atendimento e ter foco na experiência do usuário é fundamental para determinar o crescimento de um negócio, marca ou empresa.


Laerte Sabino
Chief Executive Officer

Inteligência Artificial na prática: 4 dicas para uma adoção efetiva nas empresas

Inteligência Artificial na prática: 4 dicas para uma adoção efetiva nas empresas

É inegável o impacto da Inteligência Artificial (e portanto Analytics) na economia global e na sociedade.

Empresas inovadoras como Amazon, Facebook, Airbnb e Netflix revolucionaram o uso inteligente de dados para transformar completamente seus negócios, maximizando receita, reduzindo custos operacionais e, talvez o mais significativo ao longo prazo, reinventando o paradigma da experiência do usuário.

Ao correlacionar e interpretar grandes volumes de dados, é possível identificar padrões e isso se materializa em conhecer melhor comportamentos, predizer intenções, personalizar o consumo.

A simplicidade de uso gera fidelidade, recompra e marketing boca-a-boca que se espalha rapidamente trazendo novos clientes. No backstage, o alicerce tecnológico é a inteligência artificial, empregada em suas diferentes facetas - Analytics, deep learning, cognição, automação entre outras.

O hype é frenético pois os resultados são reais e impressionantes.

O Airbnb, por exemplo, possui mais de 100 de modelos de machine learning apenas em seu site, guiando e auxiliando seus usuários e modelando sua experiência de uso.

Qualquer usuário se surpreenderia quantas vezes interagem com um modelo de machine learning enquanto navega no airbnb.com, revela Mihajlo Grbovic, cientista de dados senior na Airbnb.

Para a Netflix, seu mecanismo de recomendação, composto de dezenas de modelos de machine learning, tem a missão contínua de sugerir o melhor conteúdo possível para cada usuário. Tão importante quanto geração contínua de conteúdo, a personalização é elemento chave para seu negócio e garante que encontraremos rapidamente um novo filme ou série que nos agrada.

Encantados com os resultados, empresas de todos os segmentos se lançam no roadmap da inteligência artificial, buscando adaptar seus negócios para este novo paradigma.

Parece um exagero? O hype é real, a mídia e marketing fazem seu papel e o termo IA explodiu e começou a ser utilizado em todo tipo de discursos e ofertas.

Pesquisa da Bloomberg sobre o aumento de citações de IA

E o reflexo do mercado é uma espécie de corrida do ouro - 88% dos executivos C-level acreditam que sua empresa deve incorporar IA, pois está na moda - no entanto não tem muita certeza de como utilizar.

Entre a enorme expectativa e promessas de um retorno promissor, a ansiedade esbarra em dificuldades na adoção da estratégia correta e (em muitos casos) gera resultados e experiências ruins.

IDC estima que 70% das iniciativas de transformação digital irão falhar. Cerca de 87% das empresas ainda têm uma maturidade baixa em BI e Analytics. E aqueles que começaram a se aventurar reconhecem que ainda precisam avançar - 82% das empresas sentem que ainda não estão obtendo ROI suficiente de Analytics.

Mas,  se algumas empresas estão colhendo excelente resultados, qual a causa raiz de tamanha dificuldade? O problema não está na tecnologia, mas na estratégia e operacionalização da adoção.

A seguir algumas dicas com foco prático que podem auxiliar neste processo.

Uma estratégia efetiva para adoção de IA

Embora seja possível (e deve-se buscar) obter resultados de curto prazo (quick wins), eles devem fazer parte de um roadmap, uma visão de longo prazo alinhado a metas estratégicas do negócio, orientadas a priorização, planejamento e acompanhamento eficiente através de métricas e KPIs bem definidos.

Através do planejamento será possível identificar ações de curto prazo ( menor dependência, bom custo/benefício), e outras que dependerão de preencher algumas lacunas antes que possam ser realizadas (sistematização, coleta de dados, qualidade dos dados, entre vários).

Ao não seguir este roadmap de maturidade, empresas acabam gerando pouco resultado e experiências ruins, fato que gera resistência para futuras conversas sobre IA.

Automação e Cognição

30% do total das horas trabalhadas serão automatizadas até 2030pesquisa da McKinsey & Company

Automação e cognição são dois candidatos para se avaliar ganhos em curto prazo (sempre lembrando que devem fazer parte de um todo - o roadmap de IA). Tecnologias como RPA (Robotic Process Automation), interpretação de linguagem natural (NLU), engines de conversação (chatbots) miram em tarefas de natureza simples porém executadas em grande escala, demandando um conjunto grande horas da equipe.

Atendimento de dúvidas (ou chamados de primeiro nível), reset de senhas, classificação de textos não estruturados (e-mails, formulários) são alguns exemplos de atividades executadas centenas de vezes ao dia, tipicamente bastante triviais porém essenciais para continuidade do negócio - essa característica os define como bons candidatos para se ter retorno rápido.

Perigos a serem observados:

Democratização dos dados

In God we trust, others must provide data, W. Edwards Deming

Daniel Kahneman, psicólogo renomado, ganhou em 2002 o prêmio Nobel de Economia resultado de seu trabalho sobre o processo de decisão e julgamento dos seres humanos (compilados em seu excelente livro Thinking, Fast and Slow). Em termos gerais, utilizamos muito a intuição para tomar decisões, mesmo que estejam erradas. Por natureza utilizamos muito pouco estatística e probabilidade como insumos para formar nossos julgamentos, fato que aumenta bastante nossa chance de fazer decisões ruins. E isso pode ser um problema sério no contexto de decisões corporativas.

Neste sentido, uma das primeiras ações dentro de uma corporação no contexto de Analytics é criar uma cultura de democratização dos dados - garantir que todas as pessoas tomem suas decisões cada vez mais pautadas e assistidas por informações e dados. Decisões devem ser permeadas por métricas e KPIs de negócio e na prática isso significa ter visibilidade em tempo real - dashboards, relatórios, notificações.

O uso de ferramentas de BI (Business Insights) já é uma prática adotada em boa parte das empresas e o problema se encontra na governança e planejamento da evolução desta boa prática.

Vamos a um exemplo de problema recorrente nas empresas.

O uso de BI traz um expressivo ganho imediato, fato que desencadeia uma avalanche de desenvolvimentos de novos dashboards com pouca organização e planejamento. Ao não pensar em longo prazo, a governança de dados é deixada de lado e rapidamente a empresa se encontra em um mar de ETLs consumindo dados de dezenas de bancos sem qualquer tipo de mapeamento ou controle. Em pouco tempo é comum ter dashboards de pouca qualidade, muitas vezes obtendo informações repetidas, calculando métricas de forma diferente, fornecendo relógios de medição incompatíveis.

A gestão de capacidade também costuma ser deixada de lado e logo usuários sentem lentidão e problemas variados de performance (e alguns voltam para o excel).Em pouco tempo vamos de lua de mel a frustração dos usuários, e pesadelos recorrentes para os administradores que lutam para gerenciar o que se tornou um labirinto dos dados.

Dicas sobre BI:

O caminho para machine learning

Os ganhos em se obter insights e predições a partir de dados são valiosos e deixam todos com brilho nos olhos - queremos antever situações, receber insights, otimizar decisões, buscar aspectos de negócio que sequer imaginávamos.

No entanto, o aprendizado de máquina depende de um volume razoável de informações de qualidade - e este é o grande pulo do gato. Como boa parte do aprendizado de máquina ainda necessita ser treinado, é essencial que o modelo aprenda de um conjunto de dados de boa qualidade para sugerir boas ações, recomendações corretas.

Ao criar um modelo baseado em dados de uma ferramenta ou aplicação que na prática não reflete a realidade, estamos aprendendo de uma fonte de baixa qualidade e que (portanto) vai sugerir recomendações pouco assertivas (pra não dizer ruins).

Podemos imaginar diversos cenários - uma ferramenta de CRM utilizada por uma equipe que não segue o processo correto e insere informações pouco assertivas (muitas vezes apenas com intuito de estar atendendo processo da empresa) não terá dados que reflitam a realidade de vendas - toda e qualquer análise e uso gera resultados pouco assertivos.

Nestes casos será necessário realizar um processo de sanitização - rever processos, adequar ferramentas, revisitar histórico - um processo nada rápido.

Então as primeiras dicas são:

Pra finalizar fica a principal dica: não trabalhe um projeto isolado - pense em um roadmap de projetos e resultados estratégicos com entregáveis de curto, médio e longo prazo, sempre bem alinhados com diretrizes do negócio. Adapte-se ao longo do caminho, esteja pronto para errar, porém errar rápido e errar novo.

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IRIS - Recepcionista Virtual com tecnologia IBM Watson desenvolvida pela Icaro Tech

IRIS - Recepcionista Virtual com tecnologia IBM Watson desenvolvida pela Icaro Tech

Este trecho foi retirado da matéria "Empresas da região de Campinas apostam no uso de inteligência artificial", exibida na EPTV Campinas, filiada da Rede Globo, em 29/01/2019 na 1ª edição do jornal da EPTV.

Leia a matéria completa:
IRIS - Recepcionista Virtual com tecnologia IBM Watson desenvolvida pela Icaro Tech

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TIM vai contratar plataforma de inteligência artificial

TIM vai contratar plataforma de inteligência artificial

A TIM Brasil está à procura de um fornecedor do que será uma grande plataforma de inteligência artificial, capaz de organizar processos internos e automatizar o atendimento a clientes. Conforme Leonardo Capdeville, CTIO da operadora, a empresa vai lançar uma RFQ (chamamento para fornecedores apresentarem suas propostas) ainda neste ano. A previsão é que a escolha da plataforma seja feita já no primeiro trimestre, para implementação ainda em 2019.

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Os setores em que a IA será implantada são os mais diversos e devem compreender, ao menos, CRM, interface com técnicos de campo, marketing, operação de rede. A tele já usa a tecnologia IBM Watson no relacionamento com técnicos. No caso, a Icaro Tech, parceira da IBM, criou a TAIS, uma interface capaz de conversar com técnicos e ativar os serviços em instalação ou manutenção. “Com a Tais, reduzimos em 60% o tempo de atendimento com os técnicos. Esperamos levar essa eficiência a outras áreas”, diz Capdeville.

Segundo ele, a nova IA deverá ser capaz de analisar o big data da TIM, gerado por mais de 70 milhões de clientes.

Queremos, com esse motor, trazer mais inteligência aos processos internos e que o sistema vá aprendendo mais sobre nossos clientes, que seja capaz, por exemplo, de oferecer o melhor produto dentro do interesse de cada um, afirma.

A iniciativa também deve ter reflexos sobre o atendimento em canais digitais.

Apesar do aumento do atendimento por esses canais, não estamos satisfeitos, pois sabemos que o crescimento poderia ser bem maior, acrescenta o executivo. A contratação faz parte da reestruturação da vice-presidência de tecnologia da companhia, que passou a responder também pela transformação digital da operadora.

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