8 tendências em Analytics que precisam estar na pauta do profissional de TI

8 tendências em Analytics que precisam estar na pauta do profissional de TI

Nos próximos parágrafos, temos alguns conceitos que identifico como tendências para o futuro do Analytics.

Muito tem se falado sobre o aumento no número de projetos de Analytics, e dos benefícios que essas inovadoras soluções vêm trazendo para as empresas de diferentes portes e setores. Em especial nas áreas de operações, essa tecnologia já começa a fazer a diferença, tornando-as mais inteligentes, eficientes e rentáveis.

Nos próximos parágrafos, temos alguns conceitos que identifico como tendências para o futuro do Analytics. São temas que dizem respeito ao dia a dia do profissional envolvido com projetos nessas tecnologias e que, se não estão ainda em sua pauta de trabalho, certamente estarão em um futuro breve. Confira:

O surgimento do “Citizen Data Scientist”
Embora seja evidente que as empresas estão ampliando o uso de Analytics nas áreas de negócios, muitas delas não conseguem hoje manter um cientista de dados contratado em cada área. Isso evidencia a necessidade dos produtos de Analytics serem mais intuitivos para serem usados por pessoas não especialistas, o chamado Citizen Data Scientist, termo criado pelo Gartner™.

BI e Analytics Self-Services
Essa é mais uma consequência do processo citado no tópico anterior. Como a exploração de dados precisa ser executada pelo chamado usuário final nas empresas, e muitas vezes sem o apoio dos times internos de TI, as aplicações terão que passar por uma modernização, para que se tornem mais interativos, com preferência para o uso de linguagem natural para interação com seus usuários.

Crescimento nos dados de IoT
Esse é um tópico muito reforçado pelos especialistas. O crescente volume de dados gerados pelos sistemas de Internet of Things (IoT) já vem trazendo impactos em todos os processos de TI. Já fica claro que isso também acontecerá de forma relevante nos sistemas de Analytics futuros, dado a necessidade de processamento desses dados para obtenção de insights.

Dificuldade de cálculo de Return of Investment (ROI) em Analytics
Como fornecedores de soluções de Analytics, somos naturalmente perguntados na Icaro Tech sobre como mensurar o Retorno sobre o Investimento nessa tecnologia. É verdade que em projetos em que não se sabe ainda ao certo o principal benefício para o negócio, o ROI é muito difícil de ser calculado, pois trata-se de um processo de inovação e descoberta, com resultados ainda não muito conhecidos.

Portanto as corporações devem focar o cálculo de ROI nos projetos de benefícios mais mensuráveis. Ainda assim, isso não deve desencorajar as equipes internas a realizarem projetos pilotos de Analytics, pois os insights possíveis com a tecnologia podem trazer muitas vantagens competitivas, algumas não previamente planejadas no escopo original.

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Crescimento de tecnologias Cognitivas
Por meio da tecnologia de computação cognitiva, os sistemas que fazem uso dela, como o IBM Watson, são capazes de interpretar e exibir insights sobre os dados carregados das empresas usando linguagem natural e aprendizado de máquina, não sendo necessário o uso de linguagem específicas como SQL ou processos complexos de ETL (Extract-Transform-Load) nesses casos.

O papel dos Chief Data Officers
As empresas já discutem qual o papel do CDO nas organizações atuais e qual seu perfil técnico: uma profissional de TI ou uma pessoa mais próxima do negócio? Essa discussão se estende atualmente não apenas à pessoa que ocupa a cadeira do CDO, mas a todo o seu time: obviamente não existe uma resposta padronizada para todas as empresas, mas há um consenso no mercado de que a equipe responsável pela análise de dados tem que ser multidisciplinar.

Tecnologia Apache Spark
Entre as tecnologias disponíveis no mundo do Big Data, a Spark, um framework para processamento distribuído em memória, já aparece em 5º lugar segundo relatório do Gartner ™, e vem crescendo rapidamente. Já existem casos de uso de Spark em especial para Analytics Avançado, Detecção de Fraude e Engines de Recomendação em produção ao redor do mundo, porém com uso ainda tímido no Brasil.

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Turbonomic: Conheça os benefícios dessa plataforma de gerenciamento de recursos_Icarocast#015

Analytics Prescritivo
Esse tipo de analytics, que já está presente em aplicativos como o Waze por exemplo, utiliza técnicas de aprendizado de máquina e otimização para determinar o melhor curso de ação a ser tomada em uma determinada decisão. É a evolução natural do processo de analytics, onde cada vez mais os sistemas não só farão projeções futuras mais precisas, como orientarão as empresas sobre o melhor caminho a seguir.

Fica evidente que o mercado caminha para adoção em massa dessas tecnologias e tendências para resolver problemas que antes não eram endereçáveis. Cabe aos fornecedores de produtos e serviços de analytics e também aos profissionais da área estarem preparados para participar e serem protagonistas dessa revolução na análise de dados.

Icaro Tech lança solução para gestão de desempenho de fornecedores

Icaro Tech lança solução para gestão de desempenho de fornecedores

Tecnologia amplia o portfólio da Icaro voltado a operações inteligentes

A Icaro Tech - especializada em soluções de gerência e analytics que potencializam a inteligência das operações – acaba de lançar no mercado brasileiro a solução Gestão de Desempenho Operacional.

Voltada a qualquer empresa que tenha uma carteira de fornecedores, a tecnologia auxilia os gestores de contratos a obterem o máximo desempenho de seus prestadores de serviços, tendo em vista ganhos de eficiência operacional, redução de custos e, consequentemente, a melhoria dos serviços prestados ao consumidor final.

A solução Icaro Tech de Gestão de Desempenho Operacional utiliza o motor de regras IBM ODM para comparar as métricas estabelecidas pelos contratos com fornecedores (e pré-cadastrados no sistema pelos gestores), com a efetiva entrega dos serviços por parte dos prestadores.

Isso ocorre de forma automática, analisando “tickets” enviados pelos fornecedores, que registram dados sobre a execução dos serviços prestados e são importados por meio de integração ou carregados manualmente.

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Para auxiliar os gestores na análise, a ferramenta fornece relatórios analíticos e gerenciais que podem ser complementados com a ferramenta Advanced Dashboards, também desenvolvida pela Icaro Tech, na qual os resultados das análises são disponibilizados ao gestor de forma visual, através de gráficos. Com ela é possível ter painéis de controle customizados (dashboards) e compartilhá-los com os fornecedores.

Ao ter os dados sobre a execução dos serviços e as métricas definidas em contrato em mãos, o gestor pode acompanhar e comparar o desempenho entre os fornecedores e, de forma embasada, solicitar melhorias. Dessa forma, além de obter uma melhor entrega, a empresa tem argumentos para aplicar, com base nos SLAs de cada contrato, eventuais multas e bônus, que impactam financeiramente a empresa.

Segmentos como telecomunicações, serviços financeiros, varejo e energia, contam com um grande número de fornecedores e detectamos que há uma dificuldade clara em acompanhar o desempenho destes contratos. Nossa solução foi criada para ajudar os gestores de contrato e operações neste desafio, melhorando tanto a qualidade dos serviços que recebe, quanto dos que oferece a seus clientes, afirma Vinicius Régis, gerente de Operações e Ativos da Icaro Tech.

Ainda, segundo Régis, a relação custo-benefício da solução é um atrativo para as empresas, mesmo as de pequeno porte. “Em geral, o custo para promover uma gestão efetiva dos fornecedores tende a ser alto, e com isso as empresas acabam abrindo mão de receber recursos relacionados a multas e penalidades de fornecedores que estão definidas nos SLAs.

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Assessment para Transformação Digital

A solução entrega ferramentas para que esse controle seja realizado, prevenindo perdas financeiras desnecessárias para o cliente. É uma solução com rápido retorno sobre o investimento”, diz Régis.

Para Laerte Sabino, sócio e COO da Icaro Tech, a solução amplia o portfólio de ofertas da Icaro voltada ao ganho de eficiência operacional.

A Icaro Tech tem a visão de proporcionar tecnologias e serviços que ajudem seus clientes a serem mais eficientes operacionalmente, otimizando custos e tornando as operações mais inteligentes. A nova solução atinge um ponto que é estratégico para esse tipo de empresa, e que se bem gerenciado pode fazer uma grande diferença para o desempenho do negócio, afirma.

A solução Icaro Tech de Gestão de Desempenho Operacional já está disponível para contratação na modalidade de software como serviço em três pacotes - Silver, Gold e Platinum - que variam de acordo com o número de processamento de registros por mês.

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Solução da Icaro Tech traz rapidez para tomada de decisões na operação

Solução da Icaro Tech traz rapidez para tomada de decisões na operação

CPFL conseguiu reduzir em 40% tempo de resolução de problemas na rede

Com o objetivo de obter maior eficiência em sua rede operativa e assim aprimorar os serviços oferecidos aos clientes em sua área de concessão, a CPFL implementou uma solução baseada em painel de controle fornecido pela Icaro Tech.

Instalada na central de operação e manutenção da CPFL em Campinas (SP), divisão da transmissão da CPFL Paulista, a solução permitiu à companhia reduzir em 40% o tempo de resolução de problemas na rede operativa, que podem refletir em interrupção de serviço de fornecimento de energia ao consumidor final.

A rede operativa é utilizada pela CPFL para conectar o Centro de Operações aos sensores e equipamentos da rede de transmissão e distribuição que são responsáveis por levar a energia elétrica ao consumidor.

Ela é considerada vital para a transmissão e distribuição de energia, porque proporciona a operação remota do sistema elétrico e gera alertas capazes de avisar os gestores sobre potenciais falhas que podem levar a instabilidade e ao corte no fornecimento do serviço. Para Cristiano Santos Cucatti, Gerente de Serviços da Transmissão da CPFL, a solução fornecida pela Icaro Tech facilita o acesso às informações sobre a infraestrutura de comunicação.

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Antes de utilizar a tecnologia da Icaro Tech, os técnicos de operação e manutenção de telecomunicações da CPFL, após serem acionados por telefone ou e-mail, buscavam informações em cinco sistemas diferentes para monitorar a rede operativa. Quando um alarme ou aviso era identificado, a equipe, juntamente com os gestores, precisava analisar todos os sistemas que compõem a plataforma, para só então chegar ao problema e começar a planejar o próximo passo.

A solução implementada com base na tecnologia Advanced Dashboards, da Icaro Tech, tem o papel de consolidar, em um único painel, indicadores de controle e monitoramento em tempo real da infraestrutura tecnológica da rede operativa, cruzando informações de gerenciamento de redes, georreferenciamento, sistema supervisório e serviços.

O painel disponibiliza alertas e dados vitais da rede operativa, garantindo aos gestores maior visibilidade e aos operadores maior agilidade na identificação e diagnóstico de falhas. Com os dados em mãos, os responsáveis conseguem agir proativamente, impedindo que a falha cause uma indisponibilidade ou pelo menos, reduzindo o tempo de interrupção do serviço.

Além disso, falhas em sistemas que anteriormente passavam despercebidas começaram a ser identificadas, e os problemas de comunicação entre os profissionais envolvidos caiu a praticamente zero.

Além dos dashboards gerados inicialmente, a solução permite, ainda, a rápida criação e customização de novos gráficos em poucas horas, sem a dependência de profissionais de TI. Para isso, o sistema conta com dezenas de widgets, mapas, filtros e imagens pré-carregados e customizáveis conforme cada necessidade.

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De acordo com Laerte Sabino, COO e sócio da Icaro Tech, o projeto proporciona à CPFL uma experiência inovadora a ser aplicada imediatamente e com retorno concreto na eficiência operacional e redução de custos, além de ser base para o rollout do Smart Grid, onde as concessionárias de energia terão que lidar com volumes cada vez maiores de dados e estar prontas para agir rapidamente na correção de problemas no sistema elétrico. Segundo ele, soluções como o Advanced Dashboards serão essenciais para que as concessionárias gerenciem redes deste porte de forma proativa e eficiente.

De acordo com Sabino, o projeto também prepara a CPFL para um cenário onde a conectividade com os componentes de uma rede, e a capacidade de tomar medidas corretivas remotamente por meio de uma rede de telecomunicações, será cada vez maior.

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Sobre Cultura Digital, Computação Cognitiva e Fintechs

Sobre Cultura Digital, Computação Cognitiva e Fintechs

Dia cheio hoje no CIAB.
Como previsto, muita discussão sobre Era/Cultura Digital, computação cognitiva, Fintechs (inovação)

Cultura Digital

Roberto Setúbal apresentou a visão do Itaú sobre Cultura Digital, que ele define como:

  • estar cada vez mais conectados;
  • acessar quando e onde queremos;
  • mais acesso a informação; e,
  • emitirmos cada vez mais nossa opinião.

Destacou como a tecnologia permite um acesso direto ao cliente com um custo muito mais baixo (sem intermediários), e que a transformação cultural interna é chave para entregar um banco digital. Ressaltou ainda o foco na experiência do cliente, que só é possível através de uma infraestrutura poderosa e eficiente, o que passa desapercebido por muitos.

Sobre as fintechs, destacou que estas devem reduzir as margens da indústria, mas não acredita que haverá redução de mercado. O Itaú aposta suas fichas no Cubo Coworking como uma ponte de interação com startups e fintechs, dentro de um ambiente voltado para inovação e colaboração.

Chama a atenção ver um banqueiro do porte de Setúbal discorrer sobre temas como Blockchain, cloud, APIs, big data, design thinking, agile com inesperada naturalidade. Sinal dos tempos. Tempos que serão marcados por menos agências e mais acessos por mobile (smartphones), segundo Setúbal.

Computação cognitiva

Este tema esteve presente em várias apresentações. Segundo a IBM, a humanidade moveu-se dos sistemas tabulados para os sistemas programáveis, e destes para os sistemas cognitivos. O mantra agora é permitir às máquinas interagir com os seres humanos em linguagem natural. Uma mudança de paradigma: a máquina se adapta ao homem, ao invés do homem ter de se ajustar à máquina. É o prenúncio do fim da era do: "preciso aprender a usar este sistema".

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Casos pilotos e operacionais começam a surgir. O Banco do Brasil anuncia o assistente digital, uma forma humanizada de atender o cliente em sua interação pelo smartphone. O Bradesco descreve como usou IBM Watson para desenvolver uma interface cognitiva para atendimento a funcionários das agências, os quais podem fazer perguntas em português corrido sobre dúvidas em rotinas e formas de atendimento ao cliente. Este projeto já atende 100 agências e tem apresentado bons resultados.

Sobre Fintechs

Aqui parece haver uma confusão entre Inovação e Fintechs. Muito se falou sobre modelos de inovação aberta. O Itaú apresentou o Cubo Coworking, espaço desenvolvido pelo Itaú em sociedade com Redpoint eVentures. São 55 startups residentes, escolhidas de um universo de +650 startups avaliadas. Detalhe: apenas 4 são fintechs.

Segundo o Itaú, o Cubo é um meio para se aprender com o mundo startup: (a) foco no cliente, (b) método de trabalho, (c) inovação, (d) novas tecnologias, (e) cultura de escassez, (f) agilidade. Destacou ainda casos de sucesso como Fhinck, RankMyApp e Ponte21.

De forma semelhante, Italo Flammia apresentou a Oxigênio, aceleradora criada pela Porto Seguro, que tem por objetivo: (a) acessar soluções, (b) estimular cultura de intra-empreendedorismo, (c) conectar-se a talentos externos, e, (d) investir em empresas com potencial de crescimento. Conta com uma parceria importante com a PlugAndPlay (aceleradora do Vale do Silício) e Liga Ventures, além de parcerias tecnológicas com Amazon, Google, IBM e Microsoft. Destacou alguns dos diferenciais da Oxigênio, como acesso aos mercados da Porto Seguro, investimento atrativo, infraestrutura diferenciada e parcerias tecnológicas. Também apresentou os casos de sucesso de Bynd, Telep, Trackage, PDVend, Planejei.

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Assessment para Transformação Digital 

Chama a atenção os esforço de duas empresas referências de suas indústrias, Itaú e Porto Seguro, em abraçarem a cultura digital a partir de projetos de inovação aberta. Parece-me uma abordagem construtiva de somar e emparceirar ao invés de competir. Cabe torcer pelo sucesso destas iniciativas.

Minha crítica, neste caso, foi não termos tido a chance de ouvirmos das Fintechs, em primeira mão, sua visão sobre o mercado e parcerias com instituições financeiras estabelecidas. Em outras palavras, falamos mais de inovação do que de Fintechs. Quem sabe amanhã ouviremos falar mais sobre elas propriamente.

Elementar, meu caro Watson

Elementar, meu caro Watson

Ao longo de seus 105 anos de história, a americana IBM se reinventou diversas vezes. Em 1911, ela começou como uma empresa de cartões perfurados, utilizados no censo demográfico americano, passando por relógios, máquinas de escrever e, finalmente, computadores.

Com as grandes máquinas, batizadas de mainframes, ela construiu um império que começou a ruir na década de 1990, quando a computação pessoal tomou de assalto o mundo corporativo e levou a Microsoft, de Bill Gates, ao Olimpo da inovação. Foi nessa época que o executivo Louis V. Gerstner Jr., que trabalhava na empresa de biscoitos Nabisco, foi escolhido para ser o primeiro forasteiro a comandar a IBM.

Na sua gestão, ele transformou a Big Blue, como é informalmente conhecida, em uma companhia de serviços tecnológicos, recuperando a vitalidade e o desempenho dos velhos tempos. Quando se aposentou, em 2002, escreveu o livro “Quem disse que os elefantes não dançam?”, que contava a reviravolta que provocou na IBM.

A IBM, agora, se vê mais uma vez em um momento em que precisa se reinventar. Nos últimos 18 trimestres consecutivos, sua receita encolheu, quando comparada com o mesmo período do ano anterior. A Big Blue, agora, enfrenta dificuldade para competir com companhias mais leves na área de computação em nuvem, como a Amazon.

Com isso, suas ações desvalorizaram-se 11,4% e 12,4%, em 2015 e 2014, respectivamente. Neste ano, recuperaram parte da queda e sobem 14,6%. O valor de mercado de US$ 145,8 bilhões a deixa bem longe de Apple, Google, Amazon e Facebook, as preferidas de Wall Street no setor de tecnologia.

Como sair dessa situação? A resposta tem um sobrenome que é bem conhecido nos corredores da Big Blue em todos os cantos do planeta: Watson, a plataforma de inteligência artificial que funciona no modelo de computação em nuvem.

Não se trata de uma referência ao grande amigo do detetive Sherlock Holmes, personagem criado pelo escritor britânico Arthur Conan Doyle. O nome é uma homenagem a Thomas John Watson, o fundador da empresa. “Ele muda tudo”, afirmou Marcelo Porto, presidente da IBM, em entrevista exclusiva à DINHEIRO.

Não é exagero de Porto. No terceiro trimestre de 2016, o segmento de soluções cognitivas, onde está o Watson, obteve uma receita de US$ 4,2 bilhões. O resultado representa 22% do faturamento total da IBM no período. É um desempenho e tanto. Afinal, a plataforma de inteligência artificial da IBM tem menos de uma década de vida.

O Watson ficou mundialmente famoso ao vencer, em 2011, o Jeopardy!, um popular jogo de perguntas e respostas da televisão americana. Na ocasião, bateu os dois maiores vencedores do programa. A partir daí, sua trajetória foi meteórica.

Desde 2010, a IBM já investiu mais de US$ 15 bilhões na área de soluções cognitivas, incluindo cerca de US$ 7 bilhões em mais de 20 aquisições. “A IBM está se movendo da terceirização global para as ferramentas de análise”, diz Bob Sternfels, segundo homem da hierarquia global da consultoria americana McKinsey. “Há grande potencial nisso. As máquinas que aprendem estão tornando os computadores autônomos e eles poderão mudar diversos setores.”

O empenho da IBM parece estar dando resultado. A CEO global da IBM, a executiva Ginni Rometty, previu que o Watson está a caminho de ser usado por 1 bilhão de pessoas no fim de 2017. “Nossa meta é ampliar a inteligência humana”, disse Ginni, durante a abertura do World of Watson, evento que ocorreu em Las Vegas, nos Estados Unidos, na semana passada, quando anunciou uma parceria com GM.

Com a ajuda do Watson, a plataforma OnStar, que equipa os carros da GM, vai entregar um conteúdo personalizado através do painel central. O motorista poderá evitar tráfego quando está com pouco combustível, fazer o pedido de um café quando está à caminho ou obter notícias e entretenimento no veículo adaptados à sua personalidade e à sua localização.

A meta da IBM é também aumentar suas receitas ao jogar suas fichas naquilo que tem tudo para ser a próxima grande fonte de riqueza no setor de tecnologia. De acordo com Ginni, o mercado de computação cognitiva deverá representar mais de US$ 2 trilhões, por volta de 2025. Em uma estimativa muito mais conservadora do que a da CEO da IBM, o Bank of America Merrill Lynch estima que essas tecnologias devem movimentar US$ 70 bilhões em 2020.

O Watson, da IBM, é a mais avançada plataforma de inteligência artificial do mercado”, afirma Beijia Ma, uma das responsáveis pelo estudo. “Ela também é uma das pioneiras ao levar essa tecnologia para o mercado de saúde.”

O impacto do Watson, no entanto, não se restringe a poucos setores.

Não existe um ramo sequer que não será transformado por esta tecnologia”, diz Mike Rhodin, vice-presidente de desenvolvimento de negócios para IBM Watson.

Segundo ele, o sistema está se expandindo em uma grande variedade de áreas, como finanças, direito e varejo. Mas os setores de saúde e educação ganharam um apreço especial da IBM. Em 2015, por exemplo, a IBM criou o Watson Health, uma divisão específica para focar em saúde. Além de estudos sobre o câncer, o sistema atua no combate a diabetes e no sequenciamento genético.

No mesmo ano, a Big Blue lançou um brinquedo cognitivo chamado Dino com uma proposta educacional. Ele é um dinossauro T-Rex que, conectado a uma rede Wi-Fi, acessa o banco de dados do Watson e conversa com as crianças, contribuindo no processo de aprendizagem.

O importante é que ele consegue ajudar a fazer o dever de casa conversando no nível daquela criança”, diz Patrícia Fusaro, que é líder de soluções cognitivas na IBM Brasil. O sistema, diz Patrícia, estará em breve no País.

A grande ambição da IBM é levar a computação cognitiva para dentro das empresas, o seu habitat natural. Da mesma forma que Amazon, Google e Facebook travam uma batalha para conquistar a preferência dos consumidores pelas suas soluções de inteligência artificial, a Big Blue briga para popularizar a sua plataforma nos corações e mentes dos executivos engravatados. E ela vem conseguindo.

O Brasil lidera a adoção de computação cognitiva na América Latina”, diz Rhodin.

Por aqui, Bradesco, Banco do Brasil, Sky e Fleury são algumas das empresas que adotaram o Watson – há muitas outras, mas contratos de confidencialidade impedem que seus nomes sejam divulgados. O Bradesco é o caso mais avançado. Além de utilizar o Watson em seu call center, o banco criou um sistema de consulta para os seus gerentes.

No dia 21 de outubro, a plataforma foi ativada em todas as 5.650 agências da instituição no País. O Watson ajuda a responder mais de 200 mil perguntas sobre 59 produtos e serviços do Bradesco. Em 2017, a expectativa é que o sistema possa ser acessado também pelos seus clientes.

O Banco do Brasil iniciou em maio um projeto-piloto com o Watson. O sistema serve como assistente pessoal dos clientes com renda a partir de R$ 8 mil ou investimentos a partir de R$ 100 mil. Nessa fase, a plataforma da IBM responde perguntas sobre conta corrente e produtos financeiros, como financiamento de veículos.

O teste, neste momento, está sendo feito com apenas 500 clientes e funcionários.

Estamos em vias de abrir isso para todos os clientes private banking nos próximos 60 dias, afirma Geraldo Dezena, vice-presidente de tecnologia do Banco do Brasil.

Há três meses, a Sky entrou também para o clube do Watson no Brasil e começou a utilizar o sistema para o seu centro de operações de banda larga. A plataforma da IBM foi adaptada em um painel de controle, desenvolvido pela brasileira Ícaro Tech, que pode ser acessado em desktop, tablet ou celular.

A empresa de tevê por assinatura via satélite, que possui mais de 300 mil assinantes de banda larga em 24 Estados, consegue receber do Watson uma análise rápida sobre mais de um milhão de alertas gerados pela rede. “O Watson vê o que é importante para manter a qualidade da nossa rede”, diz Fernando Otani, diretor de banda larga da Sky. No futuro, o sistema poderá ser usado no contato direto com o consumidor.

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O mais recente integrante do time do Watson no Brasil é o laboratório Fleury. O objetivo da empresa de medicina diagnóstica é estudar transformações de genes ocasionadas por câncer e outras doenças.

Ele vai ajudar a direcionar a análise das mutações encontradas no sequenciamento genético com dados de literatura e de banco de dados para que possamos fazer análise especifica de alterações em tumores, diz Jeane Tsutsui, diretora executiva médica e técnica do Grupo Fleury.

O líder do Watson Health da IBM Brasil, Eduardo Cipriani, explica que o sistema permite que o médico consiga trabalhar com grande quantidade de informação, com base na evidência médica científica e possa sugerir insights valiosos para realizar medicina de precisão.

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A plataforma lê mais de 40 milhões de artigos em segundos”, diz Cipriani.

Por esse motivo, há quem acredite que, no futuro, todas as decisões críticas serão realizadas com a ajuda de sistemas cognitivos, como o Watson. Não seria mais necessário o cérebro de um detetive astuto como o de Sherlock Holmes para resolver os mais intricados casos policiais ou até mesmo científicos. Todos eles seriam elementares à “mente” da plataforma Watson.

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Istoé Dinheiro

Icaro Tech prova que é possível obter redução de custos e qualidade ao mesmo tempo

Icaro Tech prova que é possível obter redução de custos e qualidade ao mesmo tempo

Uma empresa 100% brasileira mira área de operações para ajudá-las em suas jornadas de eficiência. A Icaro Tech prova que é possível obter redução de custos e qualidade ao mesmo tempo redução de custos e qualidade parecem objetivos antagônicos. Contudo, a Icaro Tech, empresa brasileira de software, prova que, na verdade, eles podem ser complementares e conquistados ao mesmo tempo.

Ajudamos companhias, especialmente a área de operações, a cortar custos e aumentar a qualidade dos serviços por meio de ferramentas de monitoramento turbinadas com analytics, explica Laerte Sabino, Chief Operations Officer (COO) e sócio-fundador da Icaro Tech.

O efeito da crise, afirma o executivo, que pressiona áreas a buscar eficiência e reduzir custo, têm incentivado companhias a acelerar esses pontos.

No momento atual, clientes estão mais seletivos sobre seus investimentos e buscam quick wins. Aí que entramos, completa.

Sabino relata que o fato de a Icaro Tech falar com as áreas de negócios é um diferencial da empresa, porque, geralmente, são elas que apresentam os desafios e por isso a conversa flui naturalmente. Ele lembra, no entanto, que o CIO, quando entra na discussão apoia as iniciativas pois enxerga benefícios significativos.

Estratégia assertiva

De acordo com o executivo, em razão das vantagens propostas pela Icaro Tech, os negócios vão bem. “Percebemos que a crise vai durar e não podemos esperar esse ciclo passar. Estamos prevendo um bom ano, com crescimento de 40% no faturamento”, projeta o executivo.

Ele assinala, inclusive, que a organização teve o melhor trimestre de vendas da história nos três primeiros meses do ano, com um mix de contas existes e novas. Entre os clientes estão grandes operadoras, bancos, seguradoras e utilities. Um dos contratos mais recentes conquistados foi a CPFL, que passa a fazer parte da carteira de clientes da companhia, em busca de eficiência e redução de custos.

Inovação é chave

Uma das apostas da Icaro para conquistar clientes é manter a inovação no coração de sua estratégia. Há três anos, a empresa conta com laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) onde mira novidades em seu portfólio. Anualmente, a companhia investe 5% do faturamento em inovações.

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De olho no mercado de internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) e em inovações, a Icaro Tech passou a fazer parte neste ano do Tech Experience Network (TeN), laboratório colaborativo e multissetorial em Campinas para criação de soluções de IoT. A iniciativa conta ainda com a participação da Baita Aceleradora, CI&T, Matera Systems e Softex.

Assista ao nosso IcaroCast:
Assessment para Transformação Digital_IcaroCast#017

O espaço é o primeiro de uma rede que pretende unir diversas áreas de conhecimento e fornecerá infraestrutura para o desenvolvimento de projetos, por meio de um modelo que reduz riscos de investimento e promove a aceleração do ciclo de inovação.

Essa é uma grande oportunidade para nós e para toda a indústria, finaliza o executivo.

Construindo Inteligência Operacional em Telecom com IBM ODM

Construindo Inteligência Operacional em Telecom com IBM ODM

Veja como a Icaro Tech ajudou a Claro - uma das maiores empresas de Telecom do país e parte do grupo America Móvil - a aumentar sua inteligência operacional usando a ferramenta IBM Operational Decision Manager (ODM).

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Assessment para Transformação Digital 

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Conheça o ABPD, nova técnica que auxilia gestores a descobrir gargalos e ineficiências em processos

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Gartner elevou recentemente para “alta” sua avaliação sobre benefícios obtidos com técnica, voltada tanto para redução de custos quanto otimização de processos

Líder global no fornecimento de pesquisas e análises na área de tecnologia, o Gartner cunhou a sigla ABPD (do inglês Automated Business Process Discovery) para designar uma técnica que permite que gestores descubram, entendam e explorem em detalhes o fluxo de processos operacionais a uma fração do custo e tempo das abordagens tradicionais baseadas em entrevistas.

Em resumo, a técnica consiste em usar logs (registros) de eventos comuns de ferramentas que automatizam processos, como ITSM, ERP, CRM, ou mesmo caseiras, e modelar, por meio de algoritmos sofisticados, o processo como ele realmente acontece, identificando não somente seu fluxo, mas também gargalos e ineficiências. Segundo o instituto, não é possível fazer isso com ferramentas de Business Intelligence (BI).

O Gartner ainda afirma que a técnica tradicional para descoberta de processos, baseada somente em entrevistas, não só é mais cara e demorada, como também está sujeita a julgamentos imprecisos, muitas vezes realizada por pessoas sem conhecimento do negócio, e que não possui mecanismos objetivos de validação. Como garantir com 100% de confiança que o processo relatado em entrevistas com os colaboradores é realmente o processo seguido no dia a dia?

Para atender a essa demanda, foram criadas e já começam a chegar ao mercado as ferramentas de ABPD. O principal benefício proporcionado por elas é permitir que o gestor “assista” a um trecho do processo como se estivesse fazendo “replay” acelerado para entender melhor em que momento aconteceu um gargalo, por exemplo, não deixando margem a imprecisões e julgamentos.

Para realizar sua mágica, ferramentas de ABPD precisam de no mínimo três informações, geralmente registradas pelas ferramentas que gerenciam processos: o número de identificação dos casos, o horário em que ocorreu cada atividade, e o nome da atividade.

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Como ilustração, imagine que você ligou para uma operadora de telecomunicações para reclamar de um serviço e recebeu um número de protocolo - esse é o número de identificação do caso. Ao longo do tempo, esse caso vai sendo trabalhado pela operadora e recebendo atualizações, como: Horário: 14h - Atividade: Abertura do caso; horário: 15h - Atividade: Transferência para especialista em banda larga; Horário: 17h - Atividade: Execução de configuração remota; Horário: 18h - Atividade: Resolução do caso.

Ferramentas de ABPD, utilizando algoritmos próprios, conseguem processar esse volume de informações relacionadas a todos os casos (que podem chegar a centenas de milhares por dia) e identificar atividades mais demoradas, caminhos mais comuns, exceções, laços (vaivém de um grupo de especialistas para outro), casos em que o objetivo foi frustrado (quando o caso é reaberto porque o problema não foi resolvido na primeira tentativa, por exemplo) e mostrar visualmente como foi o processo real nessas situações.

As ferramentas mais completas permitem, inclusive, navegar nos dados de forma exploratória, permitindo filtros dinâmicos para entendimento de situações específicas. Para ilustrar: em alguns cliques, é possível responder a perguntas do tipo “qual é o processo seguido, quando um pedido de compra de máquinas demora mais de cinco dias para ser aprovado?”. Esse tipo de avaliação é fundamental para redução de custos e aumento da eficiência operacional.

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Outra funcionalidade interessante é a de “orientação de comportamento”, na qual a ferramenta identifica desvios e envia lembretes para os envolvidos nos casos, de forma a evitar problemas. Por exemplo, a ferramenta pode alertar gestores sobre casos de reclamações de clientes que já foram reabertos mais de duas vezes, sem que o problema tenha sido resolvido, a fim de que uma ação mais eficaz possa ser tomada de forma a evitar a perda do cliente por insatisfação com o serviço prestado.

Assista ao nosso IcaroCast:
Assessment para Transformação Digital 

A lista de possibilidades é grande - o Gartner relata pelo menos 12 aplicações práticas da técnica, ressaltando que um benefício adicional é que ela não interfere nos processos em andamento, pois parte de registros passados, bastando que esses registros estejam disponíveis para leitura.

Fernando Moraes
Gerente de P&D e Inovação da Icaro Tech

A tendência para a indústria de Telecom é uma nova Telecom. De novo!

A tendência para a indústria de Telecom é uma nova Telecom. De novo!

Parece manchete antiga, mas a indústria de Telecom se prepara para mais uma transformação estrutural. E, dessa vez, a preparação precisará ser ainda mais intensa.

Em 2015, imprensa e players da indústria de telecomunicações discutiram a expansão da internet 4G pelo país, enquanto o mundo apresentava alguns exemplos palpáveis de aplicação das coisas conectadas. Carros, termostatos, vestíveis, enfim, são inúmeros os exemplos de IoT (Internet of Things) que passam por testes ou já estão, de fato, nas mãos do consumidor.

As respostas às novidades que devem surgir neste ano já começam a ser descobertas após a realização das duas principais feiras mundiais de eletrônicos, tecnologia e mobilidade do ano, a Consumer Eletronics Show (CES) e o Mobile World Congress (MWC). O 5G, a comunicação Machine to Machine (M2M) e a interoperabilidade, o Network Function Virtualization (NFV) e o Software Defined Networking (SDN) vão ganhando força para suportar novos casos de uso na área de Redes.

A aplicação de IoT ou a integração de produtos de uso diário com tecnologias e mobilidade podem até mudar de nome, mas o conceito fica. Na área de TI, empresas tradicionais como IBM se reinventam com computação cognitiva, enquanto web players exploram o conhecimento sobre o mundo dos aplicativos móveis.

Todos eles compartilhando um mesmo espaço e atenção com as “novas empresas” de mobilidade, como grifes de roupas, materiais esportivos, fabricantes de automóveis, segurança, organizações com core business fora da área tecnológica e que migram, neste momento, para uma aplicação de TI diretamente no core de seus produtos e serviços.

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As atenções também se voltarão, neste ano, para a realidade virtual. Com a maturidade da tecnologia, aplicações além de jogos começam a ser desenvolvidas, abrindo mais uma arena de disputa entre empresas tradicionais, como a sueca Ericsson, a sul-coreana Samsung, a chinesa Huawei e a norte-americana Intel, e novos players de nicho.

O impacto da realidade virtual e do IoT, para o qual gigantes se preparam, será enorme. Afinal, não é todo dia que toda uma indústria se prepara para receber 25 bilhões de “novos consumidores”. As prestadoras de serviço precisarão rever seu posicionamento de mercado, decidindo se mantêm como provedoras de conectividade ou se se tornam provedores de aplicações. E certamente precisarão também rever suas estratégias de marketing, entendendo como acessar esses novos consumidores e serviços.

Como COO da Icaro Tech, entendo que as redes irão mudar e, no final das contas, as operações terão que ser envolvidas para suportar um novo padrão de flexibilidade, escala e confiabilidade, e, como esperado, tomar a frente das iniciativas de redução de custos por dispositivo e end point. Aumentar a eficiência usando automação, analytics e sendo capaz de evoluir continuamente não são requisitos novos, mas serão cada vez mais críticos.

Olhando para o futuro, a estrada para o 5G começa com alguns desafios conhecidos que devem ser superados. Questões como a cobertura 4G, a qualidade heterogênea dos serviços e a monetização de dados estão em discussão, e precisamos resolvê-los para que a estrada até o 5G seja pavimentada.

Ainda mais quando os direcionadores-chave para o 5G são a melhoria da capacidade de rede e o apoio à disseminação de IoT, onde os end points predominantes são máquinas com tráfego de dados tendo que ser monetizado, e diferentes requerimentos relativos à largura de banda, latência e, o mais importante, confiabilidade.

Afinal, quem quer estar num carro autônomo que, de repente, perde a comunicação com outros carros e com a infraestrutura ao seu redor? Melhorar a interoperabilidade entre os múltiplos dispositivos e os players de mercado será um pré-requisito indispensável.

Do lado do negócio, independentemente do posicionamento das operadoras de Telecom, elas precisarão atrair e monetizar adequadamente o tráfego M2M. Hoje como estratégia de crescimento, mas provavelmente como estratégia de sobrevivência no futuro. E neste contexto, o modelo de cálculo de ROI para o 5G continua um problema a ser resolvido.

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Nesse meio tempo, outro ponto decisivo está em discussão: será que já começamos o Skynet? A computação cognitiva promete abrir a “Caixa de Pandora” dando uma maior capacidade de decisão para os sistemas. Por um lado, não seria excelente se um oncologista pudesse contar com o apoio da tecnologia na hora de examinar uma ressonância magnética e ter um diagnóstico mais preciso de câncer? Ou a possibilidade de reduzir o número de acidentes de trânsito, uma vez que 80% deles estão relacionados a erros humanos? Entretanto, quais os limites morais?

De acordo com os especialistas, os sistemas cognitivos são incríveis, mas deveriam servir como sistemas de apoio à tomada de decisão onde os limites morais ainda devem ser impostos pelos humanos que os gerenciam. Certamente, este é um tópico que requer uma discussão mais aprofundada.

De uma forma geral, os especialistas e principais players do mercado de TI e Telecom estão alinhados em mudar o foco para o usuário final. As discussões vão desde sistemas cognitivos, agronegócio, referências de IoT até Fórmula 1. Isso mesmo, a indústria de tecnologia agora usa a Fórmula 1 como referência para o desenvolvimento de novas soluções, exatamente como a indústria automotiva já faz há décadas. Isso indica que ficará cada vez mais difícil separar tecnologia e mobilidade das outras indústrias.

Como resultado, habilitar a participação de diferentes players nos múltiplos ecossistemas de IoT nos permitirá ver cada vez mais aplicações e casos de uso. O que faz com que fique ainda mais difícil prever até onde podemos chegar.

Laerte Sabino
Sócio e COO da Icaro Tech

MWC 2016, Dia 4

MWC 2016, Dia 4
O resumo da ópera

É hora de ir embora e fazer as lições de casa depois de 4 dias de discussões intensas, muito conteúdo, um alto nível de relacionamentos e, é claro, um pouco de diversão.

O MWC 2016 termina deixando algumas tendências bem claras:

O MWC continua sendo um espaço de diversidade, com um escopo amplo de empresas, de todos os tamanhos e estilos, e com muitos países sendo representados em espaços dedicados, como Espanha, Tunisia, Dinamarca e o Brasil, com o BrasilIT+. Obrigado por nos acolher!

E como não poderia deixar de ser, tivemos uma forte presença de operadores de telefonia e provedores de serviço, tanto no pavilhão de exposições quanto nos painéis e no público que visitou o evento, buscando entender o alto impacto que essa nova terá nos seus negócios e operações. E o impacto será gigante, afinal, não é todo dia que você se prepara para receber 25 bilhões de "novos consumidores".

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Essas empresas precisarão revisar seu posicionamento de mercado, decidindo se serão corporações ou provedores de aplicações, bem como suas estratégias de marketing, entendendo como acessar esses novos consumidores e serviços. As redes irão mudar e, no final das contas, as operações terão que ser envolvidas para suportar um novo padrão de flexibilidade, escala e confiabilidade, e, como esperado, tomar a frente das iniciativas de redução de custos por dispositivo e end point.

Aumentar a eficiência, usando automação, analytics e sendo capaz de evoluir continuamente, não são pré-requisitos novos, mas serão ainda mais críticos. Em um mundo de usuários de conhecimento avançado da tecnologia e dispositivos mais inteligentes, as operações também precisam ser inteligentes. Mais de 100 mil pessoas de 204 diferentes países estiveram no MWC este ano e, certamente, toda essa poderosa interação e intercâmbio de ideias deverão fomentar o ecossistema. Para que essa visão seja viável, provavelmente veremos parcerias ainda mais fortes e próximas.

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E, finalmente, obrigado Barcelona! Uma cidade linda e emocionante, que nos recebeu tão bem mais uma vez. Não sei quanto a você, mas eu sei onde eu estarei entre os dias 27 de Fevereiro e 2 de Março de 2017. Hasta luego, Barcelona, nos vemos no MWC 2017.