Gilson MissawaHead de Marketing e Ofertas
Os robôs também falham
A automação dos processos e atividades no ambiente de TI podem ser feitos de diversos modos: integração, desenvolvimento de sistemas, uso de plataformas de automação, sistemas de tomada da decisão, inteligência artificial ou mesmo com o uso de robôs (RPA - robotic process automation).
Nos últimos anos, o RPA tornou-se um dos principais métodos de automação por trazer diversas vantagens e facilidades para os seus usuários, como:
- Replica o trabalho de que uma pessoa está fazendo em um computador - automatizando a interação com a tela de um sistema;
- Fácil de entender pelo time de negócios e relativamente fácil de ensinar para o robô;
- Tem foco em automação de sistemas legados ou integração com sistemas que não possuam API abertas;
- Resultado pode ser facilmente medido.
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No entanto, esses robôs também falham. Apesar de não haver dúvidas nos benefícios da automação via RPA para agilidade, redução de erros manuais e redução de custo de operação, eles demandam uma série de cuidados, que sem experiência prévia, podem ser esquecidos.
Conversando com diversos clientes, temos percebido que umas das principais frustrações nos projetos de RPA é: achei que a automação ou que o robô nunca falhasse (ou se falhasse, resolveria o problema e aprenderia sozinho). Isso não é verdade.
O robô irá executar apenas o que instruímos ele para fazer. E isso significa também instruir o que fazer em situações inesperadas ou de erro. É comum pensar apenas no caminho ideal, isto é, no comportamento ideal da tarefa a ser automatizada. Mas, e se isso não acontecer? É aí que começam a ocorrer os problemas.
O que fazer se um pop-up de atualização do Windows aparecer? E se o website (ou sistema) que o robô estiver acessando der uma mensagem de erro, ou ainda, se a conexão com a internet cair? Outro ponto importante é: antes de automatizar, olhar para a tarefa (ou processo) e verificar se ele pode ser melhorado e então automatizar.
Desse modo, podemos remover ineficiências que existem em atividades que não foram pensadas para serem feitas de forma automatizada. Isso também irá diminuir a possibilidade de erros na automação via RPA.
"The first rule of any technology used in a business
is that automation applied to an efficient
operation will magnify the efficiency.
The second is that automation applied to an inefficient
operation will magnify the inefficiency."- BILL GATES
Por fim, tem-se falado muito em citizen developer ou o desenvolvimento/automação feito pelo usuário de negócio. Existem muitas vantagens na aplicação desse conceito em RPA, como:
- Ampliação do uso de automação pelas áreas de negócios;
- Diminui a dependência de TI para realizar as automações;
- Cria-se um senso de responsabilidade em toda a empresa para aumentar a qualidade e eficiência das atividades.
Apesar dos diversos pontos positivos, deve-se estar atento também para os problemas que podem ser introduzidos na automação dos robôs - causando as falhas de funcionamento. Neste tipo de iniciativa é importante determinar o que pode ser feito ou não pelo citizen developer - por exemplo, apenas automação de tarefas simples, sem múltiplos passos e sem dependências.
Além disso, é imprescindível a criação de um COE (Center of Excellence) para fazer o treinamento dos usuários e também a curadoria das automações, evitando que automações mal desenhadas (sem tratamento de erros) entrem em produção.
Leia também: Do RPA para a Hiperautomação
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