Sobre Cultura Digital, Computação Cognitiva e Fintechs

hello world!

Sobre Cultura Digital, Computação Cognitiva e Fintechs

Dia cheio hoje no CIAB.
Como previsto, muita discussão sobre Era/Cultura Digital, computação cognitiva, Fintechs (inovação)

Cultura Digital

Roberto Setúbal apresentou a visão do Itaú sobre Cultura Digital, que ele define como:

  • estar cada vez mais conectados;
  • acessar quando e onde queremos;
  • mais acesso a informação; e,
  • emitirmos cada vez mais nossa opinião.

Destacou como a tecnologia permite um acesso direto ao cliente com um custo muito mais baixo (sem intermediários), e que a transformação cultural interna é chave para entregar um banco digital. Ressaltou ainda o foco na experiência do cliente, que só é possível através de uma infraestrutura poderosa e eficiente, o que passa desapercebido por muitos.

Sobre as fintechs, destacou que estas devem reduzir as margens da indústria, mas não acredita que haverá redução de mercado. O Itaú aposta suas fichas no Cubo Coworking como uma ponte de interação com startups e fintechs, dentro de um ambiente voltado para inovação e colaboração.

Chama a atenção ver um banqueiro do porte de Setúbal discorrer sobre temas como Blockchain, cloud, APIs, big data, design thinking, agile com inesperada naturalidade. Sinal dos tempos. Tempos que serão marcados por menos agências e mais acessos por mobile (smartphones), segundo Setúbal.

Computação cognitiva

Este tema esteve presente em várias apresentações. Segundo a IBM, a humanidade moveu-se dos sistemas tabulados para os sistemas programáveis, e destes para os sistemas cognitivos. O mantra agora é permitir às máquinas interagir com os seres humanos em linguagem natural. Uma mudança de paradigma: a máquina se adapta ao homem, ao invés do homem ter de se ajustar à máquina. É o prenúncio do fim da era do: "preciso aprender a usar este sistema".

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Casos pilotos e operacionais começam a surgir. O Banco do Brasil anuncia o assistente digital, uma forma humanizada de atender o cliente em sua interação pelo smartphone. O Bradesco descreve como usou IBM Watson para desenvolver uma interface cognitiva para atendimento a funcionários das agências, os quais podem fazer perguntas em português corrido sobre dúvidas em rotinas e formas de atendimento ao cliente. Este projeto já atende 100 agências e tem apresentado bons resultados.

Sobre Fintechs

Aqui parece haver uma confusão entre Inovação e Fintechs. Muito se falou sobre modelos de inovação aberta. O Itaú apresentou o Cubo Coworking, espaço desenvolvido pelo Itaú em sociedade com Redpoint eVentures. São 55 startups residentes, escolhidas de um universo de +650 startups avaliadas. Detalhe: apenas 4 são fintechs.

Segundo o Itaú, o Cubo é um meio para se aprender com o mundo startup: (a) foco no cliente, (b) método de trabalho, (c) inovação, (d) novas tecnologias, (e) cultura de escassez, (f) agilidade. Destacou ainda casos de sucesso como Fhinck, RankMyApp e Ponte21.

De forma semelhante, Italo Flammia apresentou a Oxigênio, aceleradora criada pela Porto Seguro, que tem por objetivo: (a) acessar soluções, (b) estimular cultura de intra-empreendedorismo, (c) conectar-se a talentos externos, e, (d) investir em empresas com potencial de crescimento. Conta com uma parceria importante com a PlugAndPlay (aceleradora do Vale do Silício) e Liga Ventures, além de parcerias tecnológicas com Amazon, Google, IBM e Microsoft. Destacou alguns dos diferenciais da Oxigênio, como acesso aos mercados da Porto Seguro, investimento atrativo, infraestrutura diferenciada e parcerias tecnológicas. Também apresentou os casos de sucesso de Bynd, Telep, Trackage, PDVend, Planejei.

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Chama a atenção os esforço de duas empresas referências de suas indústrias, Itaú e Porto Seguro, em abraçarem a cultura digital a partir de projetos de inovação aberta. Parece-me uma abordagem construtiva de somar e emparceirar ao invés de competir. Cabe torcer pelo sucesso destas iniciativas.

Minha crítica, neste caso, foi não termos tido a chance de ouvirmos das Fintechs, em primeira mão, sua visão sobre o mercado e parcerias com instituições financeiras estabelecidas. Em outras palavras, falamos mais de inovação do que de Fintechs. Quem sabe amanhã ouviremos falar mais sobre elas propriamente.

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